O Silêncio (Tystnaden, 1963) é um Bresson disfarçado de Bergman.
Não que falte ao filme o que é do diretor sueco: está ali o roteiro armado sobre uma tensão psicológica entre os personagens e a mise-en-scène que exterioriza essa tensão.
Mas o que importa é que os personagens comem, dormem, tomam banho, andam, fumam, escrevem, desenham, masturbam-se. E produzem uma infinidade de sons enquanto fazem isso.
Que a Ingrid Thulin tenha que falar sozinha e discutir seus problemas com a irmã, é problema dela. E dos fãs de Bergman.
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