quarta-feira, maio 03, 2006




O Silêncio (Tystnaden, 1963) é um Bresson disfarçado de Bergman.

Não que falte ao filme o que é do diretor sueco: está ali o roteiro armado sobre uma tensão psicológica entre os personagens e a mise-en-scène que exterioriza essa tensão.

Mas o que importa é que os personagens comem, dormem, tomam banho, andam, fumam, escrevem, desenham, masturbam-se. E produzem uma infinidade de sons enquanto fazem isso.

Que a Ingrid Thulin tenha que falar sozinha e discutir seus problemas com a irmã, é problema dela. E dos fãs de Bergman.